domingo, 5 de julho de 2009

Carta de minha morte



Deixo aqui esta carta,
sem nenhum testamento,
pois de poucos momentos,
é que a vida se faz.

Eis, a carta de minha morte,
quem a encontrar considero de sorte,
não porque tenha possuído ouro ou jóia,
mas porque terá em suas mãos a história,
de um velho homem sonhador.

Estou indo nessa espera,
a busca é o meu lugar,
pra saudade, fica a lembrança,
que é uma forma de se encontrar.

Apesar dos imperfeitos passos,
que ao traçar esta estrada, exitei em deixar,
bem maior é o compasso, lição que o caminho dá:
viver é aprender, aprender sem cessar.

A vida tem sina,
busca teimosa, ensina,
além da ânsia do sofrimento meu,
existe quem precisa de mim, muito mais do que eu…

Portanto,
não quero pranto,
eu?!
estou na pausa,
deste eterno canto,
que a clave da vida regendo está.

Os bens de minha querência,
sonhos, ideais, realidades que ousei plantar…
se fenece semente no solo da existência,
brota essência, fruto que a terra dá.

Palavras? Por quê? Do que irão me adiantar?
Eu?!,
Busco a esperança plantar…

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